domingo, 4 de setembro de 2011

Um até mais

   - Está com ciumes? - ele me perguntou.
No momento claro que respondi que não. Mas por dentro meu peito sufocado gritava SIM!
   Estava sufocada com as lembranças e sons de tantas palavras.Ele me dissera tantas coisas. Realmente não tinha porque ter ciumes, não ha sentido em termos medo de perder alguém que não os pertence.
  Eu queria agarrá-lo e não largar mais, queria gritar pra ele não me deixar.Ao invés disso apenas me calei.
  - Está tudo bem ?
Não , não estava tudo bem.Eu estava o perdendo, de novo:
  - Sim, eu acho
Ele me abraçou, por mais que eu escondesse, ele sempre sabia , sabia de tudo, todos os meus temores:
  -Eu vou voltar, não é um adeus é um até logo.- Enquanto dizia isso me fitou os olhos - você sabe eu sempre volto.Tenha paciencia. Promete?
  Quase não conseguia mais segurar:
  -Prometo, tudo por você...
  -Não , não faça por mim, faça por você.Quando for a hora eu vou te procurar. Até lá fique bem.

 As palavras que ele me dissera me envolviam , como um abraço e me golpeavam como um tapa na cara ao mesmo tempo. Chegando em casa não pude aguentar, precisava aliviar o medo de que ele jamais  voltasse, mas também a esperança de que suas palavras eram verdadeiras.
 Enfim admitia eu era uma garotinha boba, chorona, fraca e medrosa. Não conseguia controlar as lágrimas que escorriam pelo meu rosto, quebrei a promessa que fiz a mim mesma, a promessa de não chorar. Mas ao menos não chorara e nem demonstrara nada na frente dele.
  Escondida debaixo das cobertas, agarrada em uma almofada e tampando o rosto, como estivesse com vergonha de admitir minha fraqueza.
   "Isso vai passar..." sussurrava eu em meio a soluços "...passou da primeira vez, porque seria diferente agora?. Um raio não cai duas vezes no mesmo lugar não é."

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