terça-feira, 1 de novembro de 2011

  Era uma tarde quente, eu corria , não sei de onde, nem de quem e nem pra onde. Corria em uma rua que não conhecia, apenas alguns detalhes eu me lembrava. Me escondia por entre os muros quebrados. De que eu me escondia ? Não sabia para onde estava indo
 Comecei a andar enfim, pela rua, indo para o caminho de casa, queria ir por um caminho especifico que passava pela casa dele. Depois de caminhar por num tempo, eu tinha dentro de mim uma impressão de estar perdida, eu sabia aonde queria ir, mas não sabia se estava indo pelo lado certo.
 Foi quando como se o tempo tivesse voado, estava noite. E o caminho por onde eu percorria ja não me era mais familiar, mas eu continuava seguindo em frente , queria ir por onde passava pela casa. O chão, antes de concreto e cimento, era agora de grama verde pelúcia mas o sentimento não era de tranquilidade, eu estava sendo seguida e por um instinto comecei a correr .
 Corri pela grama, quando olhei para trás, nada via além da escuridão que avançava cada vez mais depressa, como se ja não estivesse escuro o bastante.De repente senti algo em minha perna, olhei para o chão verde e estava enfestado de cobras , que saltavam em minha direção dando botes em minha perna ,haviam muitas delas, mas eu não parava de correr , só puxava as cobras que abocanhavam minhas pernas e braços. Quando uma das cobras deu o bote em minhas costas, doía como uma faca me perfurando, eu não conseguia   tirá-la. Avistei uma casa na corri até lá havia um homem o qual eu não me lembro do rosto:
 -Senhor me ajude tem uma cobra nas minhas costas. - O senho gargalhou, e olhou com desconfiança.
Eu me virei e mostrei a ele minhas costas e a cobra presa nela. O homem puxou e tirou a cora em uma força só.Eu gritei
 - O que faz aqui , minha criança ? - perguntou o homem , a voz me era familiar, mas eu não via seu rosto.
 -Eu me perdi.
- Vou chamar alguém pra te ajudar
As coisas mudaram novamente, eu não estava mais na frente da casa do homem, estava agora em algum lugar que parecia com o centro da cidade, a minha frente uma garota pálida de cabelos compridos e negros, ela vestia um vestido branco, eu a seguia sem exitar, não conversamos. E de novo eu me sentia perdida.
 Então eu senti uma fisgada forte no peito, e cai. A garota correu ao meu socorro, eu queria gritar mas não conseguia, uma forte dor percorria me corpo. Eu agarrei a garotinha que me servira de guia até aqui e disse:
 - Ache-o , preciso dele , ache- o por favor.
Foi quando a garota sumiu, dando lugar a outra pessoa, era ele, estava lindo como sempre, ele me abraçou, e me deu um delicado abraço, sem dizer uma só palavra. Eu queria ficar ali em seus braços para sempre. Não me sentia mais perdida.
 Abri os olhos, estava em minha cama, olhando para o teto, e meio tonta com o sonho que acabara de ter.

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